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Mostrando postagens de novembro, 2013

O fim da vida

Este poema é registro de tempos ruins que ficaram para trás, mas a superação não tira o mérito dos versos. O marinheiro que deu meia volta guiou o navio até o litoral mais próximo. Ele não consegue mais navegar naquele oceano escuro e revolto que leva o nome da vida. Que a praia seja fria e desprovida de encantos; que depois da areia só exista mato e pedras; que o alimento seja escasso; que os ventos frios sejam constantes; que o sol jamais vença as nuvens. Não importa. O marinheiro não navega mais. Não existe destino promissor além do oceano. O navio arde em chamas na areia. A vida acabou. ___________________________ Marlon Vieira, 24/07/2013.

Poesia de cada dia

VH Hammer Existe em todos uma escrita invisível um conjunto de ações da alma acima dos termos físicos maior do que o simples ir e vir e mesmo o que despreza a arte ou se julga incapaz termina o dia como um poeta autor de mais um conjunto de palavras sete poesias por semana trezentas e tantas por ano mesmo em dias ébrios de poesias surreais e nos dias de drama, com palavras azuis versos fatais nos dias de fúria épicos gloriosos nos de alegria estrofes risonhas em dias de diversão alegorias guturais em dias sombrios e mesmo os mais fúteis e vazios são poetas com suas palavras fúteis e vazias e os desafortunados, criminosos, pecadores, cada um com sua escrita, em muitos tomos ao longo da vida, palavras de amor, palavras de alegria, palavras de dor palavras de ódio coleções de volumes e mais volumes que apodrecerão na poeira quando o poeta se for ou ganharão destaque na biblioteca da história Qual é sua poesia hoje? ___________________________ 07/11/2013