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Setembro

Krappweis
O ano renasce, e com ele volta aquela vontade de morrer pelas palavras, e escorrer feito tinta sobre papel velho. Os dedos e a mente permaneceram adormecidos durante o inverno, atrofiando numa hibernação involuntária. O retorno é lento, a prática volta engatinhando, e com um pouco de boa vontade e talvez otimismo, pode-se encarar a situação com esperança, imaginando um bebê sorridente se arrastando pelo chão, com toda a vida pela frente.

Observo o calor retornar, aguardando o últimos dias frios do inverno que morre. Alguns dias cinzentos de setembro levarão embora o que resta do torpor. Talvez a luz da primavera indique algum caminho a ser seguido, ou talvez nada mude, exceto a estação. A única certeza é a sequência de suspíros melancólicos, exigindo liberdade, exigindo paz.
Mais um setembro, mais argila a secar, e uma colheita pela metade.
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09/09/2013.

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