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Mostrando postagens de outubro, 2012

Das dores do poeta

alexbruda Surge aos portões do castelo distante um monstro maldito chamado Discórdia cujo riso sanguinolento macula as alegrias que ficam na memória, trazendo versos à pena do poeta que lamenta sua amarga história, despida de amor, esperança, fulgor, isenta da sempre desejada glória. Com um golpe impiedoso da vida, disfarçada como o velho destino, o guerreiro da caneta se entrega a tudo aquilo que já foi escrito e àquilo que nunca vira palavra, e esperança vira um fio fino quase se partindo, seu mundo ruindo, seu mundo vazio, castelo maldito. Assim, a dor do poeta se escreve, a saudade se cria sozinha, livre, e empunhar uma caneta sangrenta vira obrigação daquele que vive para expressar no papel o que sente, a luz que sobre seu sorriso incide, a sua visão distorcida do mundo, a sábia falsidade na qual insiste. ___________________________  22/10/2012 Provavelmente o poema mais complicado que já escrevi até hoje. Uma alegoria intrincada sobre as coisa

Se

Mattox E se a pena despertar e voltar a criar versos de alegorias sem fim? E se a tinta escorrer pelas beiradas do papel levando um pouco de mim? E se esperar o pior nos cegar para o melhor e enfraquecer o amor? E se o vinho selvagem ante o castelo do rei escorrer sem nenhum pudor? E se a luz se apagar nos abandonando, enfim, à própria sorte maldita? E se o poeta nascer de novo em berço de dor, aquela velha dor querida? ___________________________ 22/10/2012

A morte do poeta

ortega Renasce pelas palavras aquilo que, num dia quente e distante, surgiu pelo lápis, riscando papel, num ritual longo e hipnótico, para formar um desenho nostálgico, puro, simples, longe na imaginação. Imaginação infantil, desejosa, ansiosa por coisas que nunca viveu e talvez nunca viverá, ou talvez, viveu em vidas distantes, como o Dragão que tanto grita querendo voar para sempre. Dragão que urra eternamente, trancado numa caverna profunda, antro claustrofóbico que o sufoca e o pobre ser só pode gritar no escuro aconchegante que ele nunca desejou. Escuro este que dizem ser bom, o escuro da resiliência, o escuro que omite as palavras, esconde o poeta sem temer, sem pensar no que ele pode fazer, sem perceber que ele morre. O poeta morre quando não tem sentimentos, pois ele não é feito de palavras é feitos de dores e alegrias, escuro e claro, morte e vida, uma obra barroca perfeita empoeirada nos corredores do te

Linhas fracas de um sonho eterno

Alfi007 Outras linhas fracas de mais um poema bucólico carregado de nostalgia e desejos de viagem por lugares nunca vistos mas ao mesmo tempo sentidos onde existir não é um fardo onde sorrir é mais simples onde podemos olhar, sentados numa colina, debaixo de uma árvore, a luz do sol tocando a terra acariciando a grama tingindo o mundo de luz, calor, paz, serenidade, sem ter hora para ir embora sem querer ir embora sem precisar ir embora de pés descalços. Outras linhas fracas de mais um sonho eterno. ___________________________ 18/10/2012