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Setembro


Sonhei com um Setembro ensolarado.
As nuvens cinzas haviam desaparecido
e o Sol era o rei, iluminando tudo.

A luz mostrava todo o universo,
abençoando cada pedaço de vida
e cobrindo todos de falso humor.

Eu estava cercado por sorrisos
e tantas pessoas me tratavam bem,
eram meus amigos, tão próximos.

Eu estava feliz, sorrindo com todos,
apertando mãos e dizendo "bom dia"
e o ambiente era acolhedor.

Satisfação e realização por todo lugar.
Setembro de luz que envolvia o mundo
sem abandonar ninguém.

Sonho bonito, Setembro imaculado,
como se eu pudesse suportar,
como se fosse verdade...

Mas não passou de sonho ruim.
Meu Setembro é cinza e chuvoso.
É parte da minha magia.

Meu Setembro é coberto de neblina.
Nela eu encerro meu universo,
e nenhum sorriso falso me toca.

Meu mundo de neblina é ressurreição,
onde meu ciclo de vida recomeça,
onde eu só vejo o que é real.

Na neblina eu busco respostas
para as perguntas que realmente importam.
A luz dá a todos visões superficiais.

Meu Setembro é nebuloso e cinza.
Gelado e feliz do meu jeito.
Com Coruja e verdades que importam.
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Marlon Weasdor, 20/09/2011.


Outro poema escondido. Gosto dele por tratar da verdade, da realidade. É pessimista e anti-social, é verdade, mas é sincero. Foi escrito no meu aniversário, ano passado, mas já que ficou guardado, nada mais justo que publicar ele hoje, afinal o sentimento é o mesmo. Setembro costuma ser cinzento por aqui. Ano passado também escrevi um poema de aniversário, Cotidiano 23. 

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