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Nuvens



No céu escurecido surge uma luz
pálida e fraca, um Sol jocoso.
No horizonte as nuvens escuras persistem
uma parede enorme e infinita
que com desdém ímpar
zomba o astro-rei.

A luz pálida e fraca continua
lutando para sobreviver,
e do chão eu assisto a batalha outonal,
implorando para que as nuvens vençam,
para que a luz vá embora
e leve suas ofensas para longe.

Pois muitos esperam na luz,
e desejam que ela traga respostas,
quando ela apenas te mostra
aquilo que você dificilmente alcançará.
Eu, bruto, acredito na incerteza das nuvens
que escondem, mas não fazem falsas promessas.

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Marlon Weasdor, 13/04/2012


Estou impressionado com o número de poemas que escrevi e não publiquei. Este é mais um, escrito num dia em que o Sol lutava para aparecer, e meu humor estava mais insuportável que unha em quadro negro. É sobre aqueles dias em que a esperança desaparece, e você a manda aos infernos.
Mas mandar a esperança aos infernos é uma tolice, já que ela nunca morre, apenas muda de figura. Pelo menos para mim. Isso faz desse poema algo sem esperança, mas nem tanto.

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