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Anoitecer


Meia luz e o Sol se despede
numa mistura vívida de cores,
perfumes, toques e sons.
Azul se confunde com vermelho
sobre um fundo púrpura,
tudo envolto em luminosidade dourada.
Cheiros que a chuva deixou,
a Terra lavada que transpira vida.
A brisa que, calma e cristalina,
toca a pele, beijo suave,
agita os cabelos, arrepia.
Frio que chega sem alarde
arauto da noite que chega, tímida.

Uma linha vermelha no horizonte
e nuvens tingidas de vermelho
denunciam o sono da Luz,
enquanto o pano negro pontilhado de prata
se estende pelo firmamento,
numa simplicidade magnífica.
É nesse momento que as lendas acordam,
sendo apenas lendas ou não,
o que livra a noite do seres inferiores
e nos dá liberdade para apreciar
a luz prateada da lua
na quietude frágil da cidade.

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16/04/2012

Comentários

  1. Amei o poema! É tão rapido o anoitecer, mas também é algo belo de se ver, os ultimos momentos do sol antes de desaparecer... Realmente é um show da natureza *-*

    Beijinhos
    http://misteriodapaginas.blogspot.com.br/

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  2. É. Eu sou fascinado pelo que a Natureza tem para nos mostrar. às vezes acho que escrevo demais sobre isso, mas enfim. Hehehe! Que bom que gostou do poema, obrigado!

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